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Dulce Mendes
Convidado

Boa tarde,

gostaria a vos contar a história do MAX, de forma breve, para poder perder ajuda.
O MAX é um rafeiro alentejano, de 12/13 anos, que foi abandonado duas vezes. Uma primeira, quando apareceu na rua dos meus pais, junto à Escola Secundária, depois foi adotado cerca de 9 anos, mas pelo facto de não querer estar preso, ladrar noites inteiras, haver queixas dos vizinhos e fugir sempre para a rua da escola, os donos não puderam continuar com ele.
Então, há cerca de 4 anos que sou a nova dona do Max. Vedei a minha quinta e fiz-lhe um seguro de responsabilidade civil. No entanto, o Max, apesar de muito agradecido pela comida e carinho, e pelo o facto de não ter ido parar ao canil municipal, nunca quis ficar na quinta, mesmo solto. Trepava a rede, feria-se nas fugas, até que optei por deixá-lo, de vez em quando passar uns dias junto da escola, pois o Max adora crianças e barulho.
Há décadas que o Max circula na vila e fica junto do lugar onde foi abandonado em cachorro (escola), único sítio onde é feliz. Todos os professores os conhecem, todos os vizinhos também, inclusive o alimentam também, apesar de não precisar, mas dão-lhe guloseimas, nunca houve quaisquer problemas.
No entanto, há cerca de 3 meses, uns novos vizinhos ocuparam um andar num prédio junto dos meus pais, e desde que viram o Max que implicaram e começaram os problemas.
Dia 6 de agosto, aquando o dono foi passear o seu cão, um Beagle, o mesmo foi em direção do Max e atacou o meu cão com o dele. Ouvindo apenas os arrufos entre os cães, fui junto da janela e ouvi o dono do cão ameaçar o MAX de levar um pontapé e de não ir ficar ali por muitos dias.
Chamei a atenção do Sr. de que o cão era meu e de que não o podia agredir. O Sr. Reagiu muito mal e afirmou que o Max não podia estar ali na rua, que o cão dele anda preso, logo o meu também tinha que estar.
Não contente, no dia 7 de agosto, quando eu já tinha ido de férias para o Algarve, à noite, o vizinho dos meus pais vinha para casa com o seu cão e a mulher e disse que o MAX ia atacar o seu cão, pôs a perna à frente e o MAX acabou por o morder.
A versão da única testemunha que assistiu a tudo foi que o vizinho dos meus pais se dirigiu ao MAX, que se encontrava deitado junto da escola, como hábito, e lhe deu um pontapé, e que o cão reagiu, não tendo feito nenhum ferimento, pois nem sangue deitava, pois o MAX só tem dentes do lado direito.
Prendi o MAX no dia 8 de agosto à corrente e até hoje os vizinhos dos maus pais nada disseram, nem tem qualquer penso tem na perna.
O MAX sempre foi um cão livre. É o cão da vila, e está em sofrimento preso.

Gostaria de saber se tenho alguma hipótese de apresentar queixa, de ter apoio jurídico na zona de Évora, especializado nesta área. Pois sei, que por lei o MAX só pode andar solto com açaime, mas o facto é que foi agredido duas vezes e de propósito para o triarem da sua vila onde esteve décadas.

Agradeço resposta,

Muito obrigada

Dulce