Animais e Ambiente 1


Abril 2020

Projecto “No Meu Quintal”

“No Meu Quintal” é um projeto de ciência cidadã que quer conhecer o que se passa pelos quintais dos portugueses. Estamos preocupados em tornar o quintal num espaço mais verde e ecológico. Para tal, pedimos a ajuda de quem cuida e trata— ou melhor, de quem o habita.

Somos um projeto da Rio Neiva – Associação de Defesa do Ambiente em parceria com o Centro de Educação Ambiental de Esposende. Desde Fevereiro que estamos a conhecer o que acontece pelos quintais em nosso redor. Queremos recolher hábitos, rotinas, práticas sustentáveis e ecológicas, bem como perceber o uso real de pesticidas e fertilizantes no quotidiano desses quintais (o que se usa, quanto se usa e em quê). Interessa-nos o contributo de qualquer pessoa que tenha um quintal com jardim e/ou uma horta para consumo doméstico. Todo o trabalho pretende ser feito a par com quem nele queira participar.

O projeto vai acontecer em três fases. A primeira será a de recolha de informação online com uma série de perguntas chave para aquilo que pretendemos saber. O inquérito tem a duração máxima de 15 minutos. Quanto maior o número de participantes, maior a qualidade dos dados recolhidos.

Na segunda fase, iremos visitar alguns dos quintais inscritos e realizar um documentário que pretende abordar a relação entre as pessoas e este espaço. Numa altura em que nos é pedido a todos para ficarmos em casa, o quintal, mais do que nunca, ganha especial importância. Ainda nesta fase, organizaremos ações de sensibilização e partilha de informação sobre a temática para todos os interessados. Claro que isto só acontecerá quando for seguro voltarmos a ter contacto direto uns com os outros.

Por fim, na terceira e última fase, será desenvolvido e publicado um Manual de Práticas Sustentáveis. Este Manual estará disponível para orientar e ajudar quem quiser a tornar o seu quintal mais “verde” e ecológico. As práticas serão recolhidas ao longo de todo o projeto, com os diferentes contributos dos participantes. Vamos também apresentar e divulgar o documentário e partilhar toda a informação que veio a ser compilada ao longo dos meses. Somos um projeto de ciência aberta, pelo que a partilha dos dados recolhidos está assente desde o princípio.

“No Meu Quintal” recebeu financiamento da União Europeia, através do programa Horizon 2020 research and innovation, apoiado através do projeto Europeu de ciência cidadã ACTION.


Podes conhecer melhor o projeto através do site e vídeo promocional:

Site: https://rioneiva.com/nomeuquintal/

Vídeo teaser: https://vimeo.com/395982119


Abril 2020

Informação do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra

Plano de Emergência Nacional

No âmbito da implementação do Plano de Emergência Nacional e de Despacho Reitoral da Universidade de Coimbra, informamos que o Jardim Botânico permanece encerrado ao público desde 22 de março.
Sejamos resilientes como as árvores, que em isolamento permanente porque não se deslocam de onde enraízam, possamos ultrapassar esta crise.
Voltaremos ao Jardim!

Calendários e fundos de ambiente de trabalho
Abril 2020

Em abril decore o seu ambiente de trabalho com o rosmaninho ou a glicínia

Desafios no Jardim

Uma fotografia e uma pergunta por dia

Assinalando a rentrée 2019/2020 iniciámos dia 1 de setembro no Facebook a série DESAFIOS NO JARDIM: uma fotografia e uma pergunta por dia sobre uma espécie, um espaço, uma história, uma individualidade, um recanto, uma surpresa, um encantamento…

Findo o périplo de 366 dias, em ano bissexto, propomos outro passeio de interpretação no dia 1 setembro 2020, grátis, a 25 participantes, com a oferta de livros aos 5 “desafiados” mais ativos.

Atreva-se!


Consultório Botânico

Todas as questões sobre plantas respondidas pelo Jardim Botânico

Tem dúvidas sobre plantas? Mas afinal porque é que as árvores perdem as folhas? Não tem a certeza se está a regar corretamente a sua planta? Quer saber o nome da espécie que acabou de florir na sua varanda?

O Jardim Botânico da Universidade de Coimbra criou o Consultório Botânico para esclarecer qualquer questão que tenham sobre botânica, compreender a sua ecologia e comportamentos, ou ajudar-vos a identificar a grande diversidade de espécies de plantas que existem.


Abril 2020

Shenzhen é a primeira cidade chinesa a proibir que se comam cães e gatos

Após as autoridades chineses terem proibido a venda e o consumo de animais selvagens como forma de melhorar a segurança alimentar, Shenzhen decidiu alargar a medida aos cães e gatos.

No final de fevereiro, já as autoridades chinesas tinham anunciado a proibição de vender e consumir animais selvagens. Shenzhen, no entanto, decidiu ir mais longe e alargar a restrição a cães e gatos, tornando-se na primeira cidade chinesa a adotar esta medida, avançou a Reuters esta quinta-feira. Segundo as autoridades do sul da China, a nova lei entrará em vigor a partir do dia 1 de maio.

“Cães e gatos estabeleceram uma relação muito mais próxima com os seres humanos do que todos os outros animais, e proibir o consumo de cães, gatos e outros animais de estimação é uma prática comum em países desenvolvidos e em Hong Kong e Taiwan”, explicou o governo da cidade numa nota publicada na quarta-feira.

Em fevereiro, propunha-se também banir a venda e o consumo de tartarugas e sapos, muito apreciados na comida no sul da China. No entanto, o governo da cidade reconheceu esta semana que este ainda é “um ponto quente de controvérsia”, esclarecendo que o consumo destes animais não seria proibido.

Citado pelo Shenzhen Daily, Liu Jianping, um funcionário do Centro de Prevenção e Controle de Doenças de Shenzhen, garante que o consumo destes animais não é uma necessidade. “Não há evidências de que a vida selvagem seja mais nutritiva do que aves e gado”, afirmou Liu, acrescentando que as aves, o gado e os animais marinhos disponíveis para os consumidores são suficientes.

Esta proibição é exigida por ativistas dos animais há vários anos, uma vez que os cães, em particular, são comidos em várias partes da Ásia. Um dos eventos mais controversos e onde milhares de cães são mortos ou até esfolados vivos e cozidos para depois serem consumidos é o Yulin Dog Meat Festival.

A Organização Mundial de saúde (OMS) informou no mês passado que cães e gatos não representam um perigo para a saúde dos humanos em relação à Covid-19. No entanto, o comércio deste tipo de animais tem outros riscos para a saúde, devido a doenças como a raiva.

Uma experiência feita recentemente no Instituto de Investigação Veterinária de Harbin, na China, sugere que os gatos podem ser infetados pelo novo coronavírus. Não se sabe, no entanto, se podem transmitir o agente patogénico aos humanos ou se podem ser contagiados por eles.

Pode ler a notícia no Observador.


Março 2020

Emergência COVID-19 – Resíduos em casa, o que fazer

Gestão de resíduos em casa em situação de pandemia por COVID-19 | Orientações da Agência Portuguesa do Ambiente

A emergência COVID 19 exige o nosso empenho para manter os serviços essenciais do país em funcionamento, como é o caso da recolha de resíduos. Para facilitar o trabalho dos profissionais de higiene urbana e da gestão de resíduos que, todos os dias, continuam a garantir este serviço essencial, devemos todos continuar a desempenhar o nosso papel.

Gestão de resíduos produzidos nos domicílios e alojamentos locais
Reduza o desperdício que produz em casa. Quanto menos resíduos produzirmos, menos sobrecarga será colocada no sistema.

Na situação de se estar perante casos suspeitos ou confirmados de infeção por COVID-19 em tratamento no domicílio, todos os resíduos produzidos pelo(s) doente(s) e por quem lhe(s) prestar assistência devem ser colocados em sacos de lixo resistentes e descartáveis, com enchimento até 2/3 (dois terços) da sua capacidade. Preferencialmente o contentor onde se coloca o saco deve dispor de tampa e esta ser acionada por pedal. Os sacos devidamente fechados devem ser colocados dentro de um 2º saco, devidamente fechado, e ser depositado no contentor do lixo comum. Reforça-se que, neste caso, não há lugar a recolha seletiva, devendo os resíduos recicláveis ser depositados com os resíduos indiferenciados e nunca no ecoponto.
Os materiais no ecoponto irão sofrer uma “quarentena”, protegendo os profissionais de gestão de resíduos.

A gestão de resíduos dos domicílios em que não existem casos suspeitos ou confirmados de infecção por COVID-19 continuará a realizar-se de modo habitual, com as alterações preconizadas pelo Município ou sistema de recolha da área geográfica em causa. Recomenda-se, nesta situação, que a recolha selectiva seja mantida, evitando sobrecarregar os tratamentos de destino final incineração e aterro.

As luvas, máscaras e outros materiais de proteção, mesmo que não estejam contaminados, devem ser encaminhados para o lixo comum, em saco bem fechado. Não devem em caso algum ser colocados no contentor de recolha seletiva nem depositados no ecoponto ou despejados na sanita.

Respeite a hora de recolha. Deposite o lixo nos contentores no período mais próximo da hora de recolha, para menor exposição dos resíduos na via pública: as equipas e a saúde de todos agradecem.

Evite a colocação de “monstros” na via pública. Neste período, não coloque móveis, colchões e outras peças grandes ou os verdes do jardim, para serem recolhidos. Isso coloca uma pressão adicional nos serviços de higiene urbana que precisam de racionar recursos para continuar a garantir o nosso bem-estar.

Consulte informação adicional disponível no portal da Direção-Geral da Saúde.


Assista aqui ao vídeo do Ministro do Ambiente e da Ação Climática.


Março 2020

O novo coronavírus e animais de companhia

NÃO AO PÂNICO, SIM A INFORMAÇÃO

Se é verdade que, devido ao novo coronavírus, estamos perante uma pandemia de nível mundial que deve ser levada a sério e merecer toda a nossa atenção, também é verdade que um dos grandes perigos que enfrentamos reside na falta de informação e na desinformação, o que tem levado, um pouco por todo o lado, ao pânico generalizado.

Segundo notícias preocupantes vindas de Espanha e de outros sítios, há pessoas a abandonar os seus animais de companhia com medo de poderem ser infectadas com o novo coronavírus. Por isso, antes de nos entregarmos a histerismos desnecessários e contraproducentes, nada como saber o que nos dizem os maiores entendidos da WSAVA, Comunidade Global Veterinária.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, não há, actualmente, evidências de que os animais de companhia, nomeadamente cães e gatos, possam ser infectados com o vírus COVID‐19 ou que possam ser uma fonte de infecção para as pessoas.

Se o seu animal de estimação desenvolver uma doença inexplicável e tiver sido exposto a uma pessoa infectada com COVID-19, converse com o técnico de saúde pública que trabalha com a pessoa infectada com COVID-19.

Não leve o animal a uma clínica veterinária, a menos que seja instruído por um funcionário da saúde pública.
Embora o COVID-19 pareça ter surgido de uma fonte animal, agora transmite-se de pessoa a pessoa. Pensa-se que essa disseminação ocorre principalmente por gotículas respiratórias produzidas quando uma pessoa infectada tosse ou espirra. É importante ressaltar que não há evidências de que animais de companhia, incluindo animais de estimação como cães e gatos, possam ser infectados com COVID-19.

O que deve ser feito com animais de estimação em áreas onde o vírus está activo?

Embora já tenha havido relatos de animais de estimação ou outros animais adoecendo com COVID-19, até que saibamos mais, os donos devem evitar o contacto com animais com os quais não estão familiarizados e lavar sempre as mãos antes e depois de interagirem com os animais. Se os proprietários estiverem doentes com COVID-19, devem evitar o contacto com animais em sua casa, incluindo acariciar, aconchegar, ser beijado ou lambido e compartilhar alimentos. Se precisam cuidar de seu animal de estimação ou estar perto de animais enquanto estão doentes, eles devem lavar as mãos antes e depois de interagirem com eles e usar uma máscara facial.

O mais importante continua a ser manter os seus animais devidamente vacinados e de boa saúde, e seguir as indicações do seu veterinário.

Não é demais sublinhar: não há evidências de que animais de estimação possam estar infectados com o vírus COVID‐19 ou que possam ser uma fonte de infecção para as pessoas.

Proteja-se, a si e aos seus, mantenha-se de boa saúde, mantenha-se bem informado, siga as recomendações avalisadas dos seus médicos e médico-veterinários e continue a ter o melhor 2020 possível.


Fontes:

Informação sobre a infeção por Coronavírus (2019-nCoV) – OMV, Ordem dos Médicos Veterinários.

O novo coronavírus e animais de companhia; conselhos da WSAVA – World Small Veterinary Association (Associação Mundial dos Veterinários de pequenos animais).