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6 Outubro, 2016 às 9:55 #167782Cristina SilvaConvidado
Bom dia,
Há cerca de um mês convidei uma pessoa para vir à minha casa apanhar figos (moro na aldeia e tenho um quintal), sendo que essa pessoa sabe que tenho um cão de porte grande (Lavrador). Normalmente ela anda livremente pelo quintal e quando recebo estranhos fica retida numa gaiola. Acontece que, por azar nesse dia, logo que entramos, tive que ir de imediato à casa de banho e não me lembrei de a prender. A pessoa entrou e também não perguntou se a cadela estava presa, sabendo que tenho um animal em casa. A minha ausência foi apenas de meros minutos mas o suficiente para, a cadela a atacar, mordendo-a numa perna, pois para ela, era uma pessoa estranha que estava a mexer na que era meu, portanto, a cadela defendeu a propriedade do seu dono. Minhas dúvidas: a cadela, tendo atacado uma pessoa, mesmo estando a defender a propriedade do seu dono passa a ser considerada cão perigoso e tenho que comunicar esse facto à Junta de Freguesia e contratar um seguro de responsabilidade civil? Tenho pago todas as despesas médicas (não têm sido poucas) mas, por erro no tratamento médico inicial que não foi o correto, a ferida ainda não está curada. Além disto, ainda tenho que pagar alguma indemnização à pessoa atacada? Por outro lado, todos os médicos têm dito que é obrigatório dar descanso à perna e estar deitada o máximo tempo possível, coisa que a pessoa não tem feito, ou seja também não está a ser totalmente diligente para obter a rápida cura da ferida. Esta negligência poderá ser imputada a essa pessoa, caso me venha a processar?
Desde já agradeço a atenção dispensada.
Os meus cumprimentos,
Cristina Silva
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16 Outubro, 2016 às 21:07 #167794Rui DavidConvidado
Boa tarde
Um animal que morda outro animal ou pessoa, se a situação fôr reportada, passa a ser considerado animal perigoso com tudo o que isso implica (tempo de quarentena sob supervisão do veterinário municipal, obrigação de andar sempre com trela até 1m de comprimento e açaime funcional, seguro de responsabilidade civil); o facto de a pessoa em questão não ter perguntado se o animal estava preso, não me parece boa defesa, já que a pessoa foi convidada a entrar e a responsabilidade do que acontece com o animal é do seu dono.
As questões que coloca sobre a situação médica ultrapassam a nossa área.
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